terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um dia vou crescer

Um dia vou crescer, e dar àquela criança o que ainda lhe falta
E mostrar pra ela o tempo decorrido, os vários anos em que temos convivido inadequadamente

- Já é hora de ir, menina. Te prometo o brinquedo, o sorriso, a lembrança... mas preciso que você vá

Um dia vou crescer e ela será só prazer e risada em momento de alegria descompromissada
Um dia vou crescer e deixar pra trás o que ela quis e não teve, precisou e não lhe deram

- Já passou, menina, é hora de ir. Você fica e é como nódulo no meu seio, caroço no meu ventre, entrave em meu caminho... Já é hora de ir, menina...

Vamos?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Desejos para o ano novo (desejos para a vida toda)

Sendo parte deste mundo marcado a ferro e fogo por cíclicos ciclos (menstrual, temporal, astral...) deparo-me novamente com mais um... chegou o ano novo! Que generosidade enorme de Deus nos dar uma nova grande chance a cada 365 dias!! - digo nova "grande chance" porque se pensarmos bem, os ciclos menores, mensais e diários, são a mesmíssima coisa em escala diminuta.

Uma nova chance pra pensar, recomeçar, rever e realizar!!

São eles:

- Fazer mais e mais feliz o homem que eu amo
- Não desistir (seja do que for...)
- Ver meus amigos
- Temer menos
- Tornar-me uma pessoa menos fechada
- Confiar mais
- Ter mais fé
- Demonstrar mais
- Dizer mais
- Cantar mais
- Tirar a palavra "inferior" do meu vocabulário autocrítico
- Ter muito, muito mais coragem
- Ouvir mais música
- Ir a mais shows
- Estudar muuuuuuuuuuuuuuiito mais
- Escrever mais
- Desenhar mais
- Cuidar mais da minha casa
- Encontrar um lugar minimamente confortável na relação com meu pai
- Encarar a realidade como se apresente
- Enfrentar minhas dificuldades
- Transformar-me sempre
- Pensar um pouco menos
- Rezar mais
- Meditar mais
- Ter mais disciplina
- Ser mais carinhosa comigo
- Ser generosa com meu próximo, cada vez mais
- Ser capaz de dizer não quando é preciso
- Assumir responsabilidade pelo que me cabe (ai que difícil!!)
- Fortelecer o que me alimenta, descartar o que me envenena
- Amar, amar e amar...

Isso não termina nunca :)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A luta continua, companheira!

Otimismo é uma característica fantástica. Eu mesma, se a modéstia permite, reconheço em mim em certo grau (nem tão elevado...) do dito cujo.

Pois bem...

Auto-engano, ao contrário, não é considerado lá uma característica muito nobre... e, apesar de não gostar muito, não tenho o menor pudor em assumir que sim, em ocasiões esporádicas (nem tão esporádicas assim...), sou tomada pela tal característica.

Pois bem...

O presente texto trata do post anterior, onde, com todo o otimismo do mundo, cantei vitória sobre minhas próprias dificuldades e armadilhas.

Pois é... não consegui ainda a humildade suficiente, a força de vontade suficiente, o domínio suficiente daquela criança pequena e voluntariosa que quer de presente a perfeição sem fazer o mínimo esforço.

A luta continua, companheira!!

E eu, ainda bem, continuo nela!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Amadurecer e Cantar

Não tenho motivo algum em especial para escrever hoje. Inveja, talvez. Inveja de bons escritos que andei lendo por aí. As coisas me tocam e imediatamente quero expressar-me também. Tenho pouco o que dizer... a não ser pelo tanto que tenho feito por mim, pelo tanto que a vida tem se mostrado agradável, nada mais há que valha a pena referir-me.
Mas estou feliz!!
Porque acho que os 30 anos finalmente mostram-se para mim... como a época do maior amadurecimento, de melhor compreensão, aceitação, de melhor deleite.
Acho que somente agora, 8 meses depois de ter completos estes tais 30 anos de vida, começo, de fato, a desfrutar deles.
Vejam quantos ganhos:
Casei-me;
Mudei de emprego duas vezes, sendo que na segunda finalmente encontrei um lugar para onde tenho prazer em me dirigir todos os dias úteis (quem foi que inventou que sábado e domingo, ao contrário de úteis, seriam o inverso?).
Voltei a fazer uma das coisas que mais gosto no mundo: cantar
Encontrei em mim a humildade que faltava para enfrentar o fato de que não nasci pronta. E agora consigo encontrar disponibilidade para aperfeiçoar-me, para estudar. Que alívio! A vergonha já não me assola... posso parar de fingir! Que sou ótima, que tenho paciência, que sei cantar. Não me cabe mais o papel da criança que não aceita abrir mão de nada para ter o que precisa e quer. Como diria sabiamente meu grande mestre Antônio Guerreiro, é preciso RALAR (ele gostava muito de enfatizar isso nas aulas... inclusive nos fazia atentar para a interessante peculiaridade da palavra: percebam que ela é a mesma, lida da esquerda para a direita ou o contrário, ou seja: não tem como escapar!). Essa semana em delicioso jantar com ele e meu irmão, falando sobre isso, rimos muito pela felicidade do momento, e pela lembrança dessa aluna que vos fala.
Hoje aceito o fato de que não vai cair do céu de presente de Deus o maravilhoso cantar... eu sempre soube, mas até aceitar... me tomou vários anos! Benditos anos! A distância foi necessária, o sofrimento também. Foi doloroso, mas acredito que agora sim, poderei apoderar-me da música e ela de mim. Pelo prazer do fazer. Pela beleza e benção. Através da verdade da minha dedicação.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Mudanças... boas mudanças!!

Se um rio não é o mesmo quando passa por ti aqui e mais adiante, porque haveria eu de ser a mesma, se por dias e dias vivi outra vida e agora outra pessoa me tornei? Sou a mesma, e mesmo assim não sou. Contigo acontece o mesmo.

É a beleza da vida.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Renascer

Depois da quase morte, da meia-vida, um vislumbre de primavera se faz, enfim.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Inconsciente

Incrível como pode ser tão desconhecida nossa real razão para fazer as coisas. O tão falado e afamado inconsciente rouba de mim várias explicações importantes, necessárias, essenciais. Em que parte do caminho perdi acesso a isso? Em que tropeço fiquei parada, presa, empacada? Qual pedra me tirou o chão? Que dor fica aqui a martelar sua repercussão, insistente, crescente, porque inconsciente?