terça-feira, 5 de abril de 2011

Frangalhos

Custou-me chegar até aqui, justo aqui neste exato momento desta vida-presente para ser capaz de saber. Saber não, admitir. Custou-me pensar, enganar-me, iludir-me, amedrontar-me, ressentir-me até ser capaz de tirar o véu que me nublava os olhos. Aos poucos me permito a visão, e lentamente o que se vê pode enfim ser mastigado, digerido, transmutado. É alimento. Enfim posso nutrir-me! Sinto-me folha, fotossintetizadora da poção - nada mágica! - que leva cura a tudo aquilo ainda em frangalhos dentro de mim. Mas como dói...

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