sexta-feira, 31 de julho de 2009

Angústia

O que é a angústia senão um sentimento incômodo indefinido?
Você sabe dizer assim, 100% de certeza, o motivo de sua angústia?
Eu não... só sei que aqui dentro, tudo revirado.

A Menstruação se aproxima e este momento maximiza tudo que sinto, cheiro ou vejo.

Aguçada!!!

Assim me sinto... (Já reparou quantos posts em 31/07?!)

Ainda bem que hoje saio pra dançar.

E faço expelir pelo suor essa angústia e toda coisa ruim de dentro de mim.

Salvem-me a música e a dança!

Esses dias

Sentia-se como um ser estranho ao próprio ninho.
Tinha pensamentos de improváveis encontros e reconciliações – desejos ocultos?
Passava o tempo consumida por sensações de torpor e calafrio.
É só o tempo passando, pressentiu.

Mulheres!


Ah, as mulheres...
Quem pode entendê-las?
Mas quem é capaz de não amá-las?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Maternidade



É comum mulheres na minha faixa etária começarem a sentir o famoso relógio biológico intensificando seu tic-tac, alertando-as sobre o curto tempo restante até colocarem em prática o glorioso momento da maternidade. E eu, como já disse antes e confesso sem nenhum problema, não sou diferente de ninguém. Alterno fases de uma vontade incrível de ser mãe com outros em que me toma uma racionalidade ímpar dizendo: "imagina! você não dá conta nem de si mesma..."

Pois é. Não dou mesmo. Dia desses fui almoçar com um amigo querido e veio à tona o assunto da novidade mais fresquinha da minha vida: estou morando sozinha. Ele, na minha faixa etária, chegando aos 30, disse que não entende uma decisão dessas! Morar na casa da mamãe é tão bom!! Pra que sair? Foi aí que me saí com uma resposta surpreendente, que me veio somente naquele momento, mas que depois me fez pensar no assunto. Eu disse: "já estou com quase 30 anos, daqui a pouco vou querer ser mãe. Preciso aprender a cuidar de mim, porque vou ter que dar conta de uma família. Já imaginou aprender tudo-ao-mesmo-tempo-agora?" Mas não é mesmo? Sei que muita gente aprende tudo ao mesmo tempo, mas eu sinceramente prefiro me preparar no que for possível.

Outra coisa relacionada a este assunto que me ocorreu essa semana foi o relato de uma amiga. Ela disse que está recebendo pressões familiares para congelar óvulos. Caraca!! Já pensou? A gente agora ainda por cima nem dos próprios óvulos tem propriedade sem que a família meta o bedelho. Mas pra quem não tem relacionamentos nem perspectivas matrimoniais pela frente, bem que pode ser uma boa saída. Se bem que eu sou muito a favor do padrão tradicional de família: papai, mamãe e de preferência irmãozinhos, pelo menos um. Triste demais ser filho único nesse mundo.
Mas isso tudo pra dizer que hoje me deu um ataque de desejo de maternidade. Não me lembro bem como, nas minhas viagens pela internet, cheguei a umas reportagens sobre mães que dão banhos em seus bebês em baldes, em vez de banheiras. E achei essas imagens lindas...
É ou não é pra morrer de vontade de ter um desses?
Tenho ouvido pessoas se perguntando se vale mesmo a pena colocar mais um sofredor nesse mundo cão. Outras, mais otimistas, dizem que temos sim que colocar, para que sejam elas as responsáveis pela transformação do mundo em um lugar melhor. Eu ainda não sei se concordo com um ou com outro, ambos têm seus pontos de razão... eu sei que quero ter um filhotinho, para dar a mais alguém o direito de fazer da sua vida o que lhe convier, para ajudá-lo com meu amor e apoio, para ver um ser humano crescendo e amadurecendo, para participar da humanidade como alguém que reproduziu seus valores e sentimentos, mesmo que às vezes imperfeitos e feios, para ser alguém com coragem o suficiente para ter responsabilidade por aquela vida por tantos anos, tantos quanto necessário. Para aprender e crescer ensinando o que já aprendi, mostrando o mundo a um serzinho que me escolheu como guardiã nesta estada temporária.
Eu quero.



segunda-feira, 27 de julho de 2009

Enfim

E enfim deu-se a despedida. Amarga, triste como a maioria delas. O amor não foi possível como forma de adeus. A decepção, essa sim, nos foi a companheira eleita, possível, cruel.

A decisão foi tomada, da forma mais feia e humana. A humanidade é feia e precária e imperfeita, como a decisão naquele sábado à tarde.

O tempo passou... o sentimento aos poucos vai tomando outra forma... mas e o amargor? O que fazer com ele? Em que transformá-lo? Como lidar com o incômodo da decepção?

Sara, dor!! Sara logo!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Encontros e desencontros

Hoje o dia é cinza, triste, mas dentro de mim um sol enorme briga por um lugar! O encontro foi lindo e cheio de carinho, a despedida sem dramas, mas uma dor indisfarçável se fez notar nos olhares de nós dois.

A vida é complicada ou divertida? O amor basta? Te faço feliz desse jeito? Sou capaz de assumir inteira responsabilidade por minhas escolhas? Qual o preço a se pagar pela tão falada “vida adulta”?

Será que encontro agora o colo que sempre quis nos teus braços? Será que consigo agora falar de mim sem medo da reação? Será que teu amor me ensinou?

Será que o medo que tenho de tudo dar errado de novo, de nos perdermos no emaranhado de nossas diferenças, é maior do que a vontade de dizer: “esquece tudo o que eu disse, esquece essa distância, volta pra mim agora!”?

Pela primeira vez na vida a razão tem se sobreposto à emoção. O que será que isso quer dizer? O que a maturidade matou da criança impulsiva que havia em mim?

Por que me precipitei em colocar outra pessoa nesse caminho? Por que magoar os outros é mais grave do que ferir a mim mesma? Será que é?

Posso ficar aqui por uma vida inteira formulando perguntas, me afogando nelas. Mas não vou... vou fazer o que tenho feito... vou seguindo, sentindo, observando... olhando lá pra dentro, tentando separar o joio do trigo, o ilusório do real, o possível do improvável, o que eu quero do que eu não quero. Putz! Estes são os mais difíceis!

Não tenho condição alguma de ceder à pressão, qualquer que seja, minha ou de outros, por ter certeza. Eu não tenho certeza, ora bolas!! Talvez jamais tenha. Mas em algum momento crucial terei sim que chegar a uma definição, a alguma decisão firme que me permita dizer, “é isso”. Chorar a perda, sacudir a poeira, seguir em frente. Um sábio conselho uma vez chegou a mim: “Se você não for capaz de decidir, a vida decide por você.” Tenho que confessar que cobro de mim essa decisão. Faz parte, na minha opinião, da difícil tarefa de se tornar adulta a capacidade de assumir responsabilidade por minhas escolhas. Eu quero ser capaz de fazer isso, embora agora me custe tanto, tanto.

Deus, ajuda por favor?