Na minha opinião, todo mundo! Porque dói!! Pra caramba! Essa temática tem me perseguido desde que a idade começou a avançar e inevitavelmente com ela veio a cobrança, principalmente minha mesmo, de ter emprego, dinheiro, independência, casamento, filhos, qualidade de vida e por aí vai. Só que mais do que TER tudo isso, bem antes mesmo... é preciso estar em paz com a pessoa que somos, e passar pelo processo de crescimento da maneira menos traumática possível.
O bicho homem é dos poucos que não nasce caminhando com as próprias pernas. Ao nascer somos frágeis e inacabados, necessitamos ainda de muitos cuidados até a independência, biologicamente falando. Socialmente, esse tempo vai ficando cada vez mais longo... me parece que está cada vez mais difícil tornarmo-nos adultos. Mas por quê?
Acho que tudo vem do conflito entre prazer e dor. Calma, vou explicar. A gente quando criança aprende bem rápido a procurar pelo que nos causa prazer e repelir o que causa desconforto, ou dor mesmo. A gente aprende por instinto que dor é ruim e foge dela como Diabo da cruz. Só que quando a gente cresce, supondo que somos seres saudáveis, vai começando a perceber que não há maneira de fugir da dor, que fantasiamos uma dor muito maior do que ela é na verdade e que a dor traz consigo, invariavelmente, um crescimento que de alguma forma vai ser bom pra gente. Por que precisamos resistir tanto? Por que sofrer por antecipação e não enfrentar com coragem o que a vida nos reserva? Por que reagir? Por que se rebelar? Por que se deixar paralisar?
Pelo medo, eu imagino. Medo de sofrer, medo de não conseguir, medo de não atender às expectativas dos outros, medo de ser incompetente, medo que todo mundo descubra que não somos quem parecemos ser, medo de não ser amado, medo de perder algo ou alguém, medo de ser abandonado. Um monte de medos que tiram da gente a tranqüilidade necessária para curtir a vida. Fico pensando que passo tanto tempo precioso preocupada com coisas que só me tiram a energia e o sossego. E enquanto isso o tempo que eu perdi pensando ou sentindo coisas negativas, não volta, não pára, não me dá trégüa. Mas é preciso também tempo pra gente chegar a essa conclusão. E mais tempo ainda pra poder colocar em prática. Ainda bem que a medicina avança e a expectativa de vida vem aumentando muito! Rs.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
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