Sou uma pessoa dada ao ócio. Adoro não fazer nada, ou fazer coisas inúteis, como ver televisão por horas seguidas, zapeando sem compromisso. Mas existem ócios e ócios... O ser humano – pelo menos a maioria deles – tem a peculiar necessidade de sentir-se útil e produtivo. Precisam encontrar sentido na prática de suas atividades cotidianas; sentido este que passa a ser o norte para a vida e a existência. Eu, como era de se esperar, não sou diferente de ninguém. Preciso fazer coisas que preencham e dêem sentido à minha vida, que me motivem a continuar fazendo mais e mais coisas ligadas à minha essência, ao meu caráter, aos meus interesses.
Mas o ser humano precisa também sobreviver ($$$$$$$$$$$$). Precisa trabalhar para ganhar o pão de cada dia. Muitos fazem dessa atividade o sentido de suas vidas. Não é o meu caso. Gostaria muito de me sentir preenchida por minha atividade profissional. Gostaria de alimentar minha alma com o fruto do meu trabalho. Mas não acontece comigo dessa maneira. Muitos dizem que a vida adulta é assim mesmo: fazer coisas de que não gostamos, mas que temos que fazer. Será? Eu penso que pra tudo nessa vida tem um preço. Eu poderia – talvez até ainda possa, quem sabe, um dia, encontrar um resultado satisfatório para essa equação – tentar trabalhar com arte e viver na incerteza financeira. Eu podia ser professora e viver insegura e infeliz. Eu podia vencer toda minha preguiça e estudar o suficiente para me tornar uma instrumentista decente. Mas eu preferi mudar de área. E conquistar a tal da estabilidade financeira. Hoje eu não ganho muito, mas tenho um emprego de carteira assinada. Se eu continuasse na carreira artística, talvez estivesse com o mesmo dinheiro, com menos, com mais, como saber? E poderia estar mais feliz. Ou não... Como saber?
O que eu sei é que atualmente minha profissão não me deixa feliz nem ao menos um pouquinho. Tenho sinceras esperanças de que isso venha a mudar ou melhorar. Pelo menos um pouquinho. Estou aterrada em ócio compulsório. Não sou dona do meu tempo. Às vezes acho que vendi minha alma ao diabo corporativo. Mas a vida me ensina a ter paciência. E a investir o pouco tempo que me resta (pouco mesmo...) em mim, em minha essência, em meu amor por mim e pelos outros. E seguir em frente. Quem sabe um dia não fico um pouquinho mais satisfeita com o trabalho?
Mas o ser humano precisa também sobreviver ($$$$$$$$$$$$). Precisa trabalhar para ganhar o pão de cada dia. Muitos fazem dessa atividade o sentido de suas vidas. Não é o meu caso. Gostaria muito de me sentir preenchida por minha atividade profissional. Gostaria de alimentar minha alma com o fruto do meu trabalho. Mas não acontece comigo dessa maneira. Muitos dizem que a vida adulta é assim mesmo: fazer coisas de que não gostamos, mas que temos que fazer. Será? Eu penso que pra tudo nessa vida tem um preço. Eu poderia – talvez até ainda possa, quem sabe, um dia, encontrar um resultado satisfatório para essa equação – tentar trabalhar com arte e viver na incerteza financeira. Eu podia ser professora e viver insegura e infeliz. Eu podia vencer toda minha preguiça e estudar o suficiente para me tornar uma instrumentista decente. Mas eu preferi mudar de área. E conquistar a tal da estabilidade financeira. Hoje eu não ganho muito, mas tenho um emprego de carteira assinada. Se eu continuasse na carreira artística, talvez estivesse com o mesmo dinheiro, com menos, com mais, como saber? E poderia estar mais feliz. Ou não... Como saber?
O que eu sei é que atualmente minha profissão não me deixa feliz nem ao menos um pouquinho. Tenho sinceras esperanças de que isso venha a mudar ou melhorar. Pelo menos um pouquinho. Estou aterrada em ócio compulsório. Não sou dona do meu tempo. Às vezes acho que vendi minha alma ao diabo corporativo. Mas a vida me ensina a ter paciência. E a investir o pouco tempo que me resta (pouco mesmo...) em mim, em minha essência, em meu amor por mim e pelos outros. E seguir em frente. Quem sabe um dia não fico um pouquinho mais satisfeita com o trabalho?
Sou feliz, tenho apenas algumas dificuldades! ;)